quarta-feira, 20 de agosto de 2008

fuga radioactiva

Espanha multa fuga radioactiva em central

Endesa e Iberdrola terão ocultadoacidente nas instalações Ascó I, pertode Tarragona, ao órgão de segurança

Uma fuga radioactiva numa central nuclear espanhola localizada no noroeste da catalunha foi ocultada pelos responsáveis das instalações. Agora, o Conselho de segurança Nuclear daquele país propõe multas muito pesadas.

A fuga, ocorrida em 26 de Novembro de 2007, só foi descoberta em Abril do corrente ano e quase por mero acaso, quando um funcionário da central "soprou" o segredo a um inspector de segurança que terminava a sua visita. Mas as investigações posteriores mostraram ter havido dispersão de partículas radioactivas para o exterior da central, nomeadamente de cobalto-60.

Os dois principais responsáveis das instalações da unidade Ascó I, propriedade de uma filial da Endesa e da Iberdrola, já foram afastados. Ontem, o jornal "El País" indicava como sem precedentes o valor das multas propostas pelo órgão de fiscalização estatal em matéria de segurança nacional. Elas podem oscilar entre os nove milhões e os 22,5 milhões de euros, cabendo ao Ministério da Indústria decidir a quantia definitiva. O responsável pela pasta já avisou que se decidiria pela sanção mais pesada. Há dois anos, a central nuclear de Vandellòs II, propriedade das mesmas empresas, havia sido multada em 1,6 milhões de euros.

Os conselheiros de segurança nuclear consideraram que a central implantada em Tarragona cometeu seis tipo de erros. No topo da gravidade, eles colocam a minimização dos riscos por parte de quem geria a instalação: é que, no período após a fuga de radiação, até visitas escolares foram autorizadas como actividade corrente.

Análises feitas posteriormente a centenas de pessoas não revelaram doses mais elevadas que as definidas como toleráveis pelo organismo humano, mas esta atitude foi censurada pelo Conselho. Tal como o facto de a central não ter estabelecidos sistemas de controlo para verificar se havia pessoas afectadas, nem tão pouco tomou medidas para isolar o local. Por outro lado, não só não foi feito registo do sucedido, como foram dadas ordens para que os trabalhadores não anotassem a detecção de partículas radioactivas. O Governo espanhol vai ouvir ainda as alegações da empresa.

Eduarda Ferreira

daqui


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